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ESTUDANTE INDÍGENA DO CURSO EAD DE MATEMÁTICA TOMA POSSE EM CONCURSO COMO PROFESSORA

  • Publicado: Segunda, 11 de Março de 2024, 16h40
  • Última atualização em Segunda, 11 de Março de 2024, 16h56
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Monise Busquets

 

Recém-formada no curso de Educação a Distância (EaD) em Matemática pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Lúcia Xerente assumiu, na última sexta-feira, dia 8 de março, o cargo de professora de matemática. Essa conquista veio após sua aprovação em concurso promovido pela Secretaria de Educação do Estado do Tocantins (Seduc), em junho de 2023.

 

Lúcia, que colou grau há menos de um mês, narra as numerosas adversidades enfrentadas ao longo de sua trajetória acadêmica. Originária da Aldeia Cachoeirinha Kâkakarê, a professora precisou deixar sua terra natal ainda jovem devido à ausência de instituições educacionais nas proximidades.

 

De 2001 a 2004, Lúcia exerceu a função de professora na primeira fase da educação básica indígena, interrompendo suas atividades para realizar o sonho da graduação em 2005. Além disso, obteve aprovação em primeiro lugar no concurso público para Agente Comunitária de Saúde, cargo que ocupou por dezessete anos.

 

Adriano Castorino, responsável pelo monitoramento do Programa de Ação Afirmativa da Universidade Aberta do Brasil (UAB), ressalta o papel essencial da Coordenação do Curso EaD de Licenciatura em Matemática nesse percurso, destacando especialmente o apoio incondicional da coordenadora, professora Alcione Marques, no acompanhamento acadêmico de Lúcia.

 

A trajetória de Lúcia Xerente não somente demonstra sua resiliência e determinação, mas também celebra o compromisso da UFT com a inclusão e o reconhecimento dos Povos Indígenas, conforme salientado por Adriano. Sua posse como professora de matemática não se configura apenas como uma conquista pessoal, mas uma vitória coletiva que reitera o valor da diversidade cultural e a importância da educação acessível e de qualidade para todos.

 

A história de Lúcia serve de inspiração e fortalece a compreensão de que o acesso à educação de qualidade e a representatividade indígena nos espaços educacionais são indispensáveis para a edificação de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

 

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