Conhecido como o Dia Mundial da Prevenção à Obesidade, o dia 4 de março teve como objetivo alertar e conscientizar a população sobre os danos causados pela obesidade, informando sobre as doenças associadas a ela e as formas de se prevenir.
  

No Brasil, a obesidade tem crescido de forma preocupante. O inquérito sobre Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas (Vigitel) mostra as tendências e aumento das taxas de obesidade, a partir dos dados coletados nas 26 capitais dos estados brasileiros e do Distrito Federal. Em 2006, os dados revelaram que 42,6% da população brasileira adulta tinha obesidade ou sobrepeso. Em 2023, esses números atingiram 61,4% da população (um crescimento médio de 1 ponto percentual ao ano). Esse aumento foi notado em ambos os sexos, com maior aumento nas mulheres, variando de 38,5% em 2006, a 59,6% em 2023 (1,20 por ano). (Ministério da Saúde, 2024).

A obesidade é uma condição que envolve diversos fatores, podendo ser genéticos, ambientais, econômicos e sociais. Além disso, é um fator de risco que está associado ao aumento de milhares de DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), como diabete tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, câncer, e também impacta de forma negativa a autoestima e a saúde mental dos indivíduos. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade se tornou um problema grave de saúde pública, e estima-se que, em 2025, a população chegará a ter 2,3 bilhões de indivíduos adultos acima do peso, e até 700 milhões de indivíduos obesos, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30. (ABESO, 2025).

Diante desse cenário, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DANT) 2021-2030 definiu algumas metas para reduzir os fatores de risco associados à obesidade, como:

• Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes em 2%;

• Deter o crescimento da obesidade em adultos e aumentar a prevalência da prática de atividade física no tempo livre em 30%;

• Aumentar o consumo recomendado de frutas e hortaliças em 30%; 

• Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, e reduzir em 30% o consumo regular de bebidas adoçadas.
  
  

Outras diversas iniciativas vêm sendo promovidas para conter o avanço da obesidade no Brasil. Uma delas é o Projeto ODS Nordeste Interiorização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável Articulado com o Plano DANT (2021-2030), sob a coordenação da professora Dra. Marta Azevedo dos Santos, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), com o apoio do Ministério da Saúde. O projeto propõe a construção de habilidades e competências para o desenvolvimento de projetos locais pelos trabalhadores da saúde, que envolvam o desenvolvimento sustentável com foco nos ODS 3, 5, 6, 8,11 e 16 e as metas do Plano de DANT 2021-2030.

A obesidade é um problema de saúde pública. Requer o envolvimento de todos, incluindo a implementação de políticas públicas eficazes, acesso à informação, promoção da alimentação saudável e incentivo à prática de atividades físicas.

REFERÊNCIAS:

ABESO. (2025). Mapa da obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade
Acesso em: 06 mar. 2025.

Ministério da Saúde. Pesquisa Vigitel 2024 é ampliada e começa nesta terça-feira (15). Gov.br, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: [06/03/2025].

Produção de conteúdo:

Itiane Ferreira Pereira 

Larissa Rodrigues Possidônia

José Gerley Díaz Castro

Revisão Técnica:

Danielle Keylla Alencar Cruz

Marta Azevedo dos Santos

Diagramação:

Ana Clara Batista da Silva Neves