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Ligas Acadêmicas impulsionam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas universidades

O engajamento estudantil nas ligas acadêmicas e programas internacionais como o GLOBE demonstra o potencial transformador das universidades na construção de um futuro mais sustentável.

Uma Liga Estudantil é uma organização acadêmica formada por estudantes universitários para aprofundar conhecimentos em uma determinada área, promover pesquisas, desenvolver projetos de extensão e conectar teoria e prática. Elas costumam ser compostas por alunos de graduação e pós-graduação, muitas vezes com a orientação de professores ou profissionais da área. As atividades de uma liga incluem palestras, eventos científicos, ações comunitárias, debates e produção de artigos acadêmicos. No caso das ligas voltadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as ações são direcionadas para soluções de problemas socioambientais e políticas públicas sustentáveis.

Nos últimos anos, as universidades brasileiras e internacionais têm intensificado seus esforços para integrar os ODS em suas atividades acadêmicas e comunitárias. Entre as principais iniciativas estão as ligas acadêmicas, que mobilizam estudantes para pesquisa, extensão e ações práticas voltadas ao desenvolvimento sustentável. No Brasil, algumas dessas ligas vêm se destacando pelo impacto positivo de suas atividades.

Um exemplo disso é a Liga Acadêmica para o Desenvolvimento Sustentável (LADS), da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Criada em 2024 por estudantes dos cursos de Nutrição, Direito e Engenharia Ambiental, a LADS tem como principal missão promover a consciência ambiental, social e política sobre os ODS. E entre suas ações, destacam-se rodas de conversa sobre saúde mental, seminários sobre os ODS e estudos sobre a gestão de resíduos sólidos no campus da UFT.

Além da LADS, outras ligas acadêmicas no Brasil vêm promovendo iniciativas alinhadas aos ODS. Veja algumas delas a seguir:  

  • A Liga Acadêmica de Saúde Mental para Mulheres (LASM), também da UFT, realiza debates e eventos voltados ao bem-estar psicológico das mulheres.

  • A Liga Acadêmica de Direito Ambiental e Climático (LADAC) é uma liga acadêmica brasileira que trabalha com questões ambientais e climáticas. Belém-PA.
  • Liga Acadêmica de Energias Renováveis (LAER) – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), promove pesquisas e eventos sobre fontes de energia limpa e eficiência energética, contribuindo para o ODS 7 (Energia Acessível e Limpa).
  • Liga Acadêmica de Gestão e Empreendedorismo em Saúde - LAGES-UFV.
  • Liga Acadêmica de Sustentabilidade e Meio Ambiente (LASMA) – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), realiza projetos de educação ambiental e reflorestamento, atuando na conservação da biodiversidade (ODS 13 e 15).
  • Liga da Sustentabilidade da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que desde 2018 promove ações voltadas à sustentabilidade ambiental no ambiente acadêmico. E, em 2020, integrou a Rede de Universidades Sustentáveis, conectando projetos universitários de todo o país com foco na gestão de resíduos e práticas sustentáveis.
  • Liga Acadêmica de Geriatria, Gerontologia e Paliação (LIGGEP) – Universidade Unime (Bahia), focada no estudo e promoção da saúde do idoso, a liga desenvolve atividades que contribuem para o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar).​

Estas são apenas algumas das Ligas que trabalham com as causas dos ODS aqui no Brasil. Além delas, outro programa que tem contribuído para a promoção

dos ODS nas universidades é o Global Learning and Observations to Benefit the Environment (GLOBE), que é um programa internacional de ciência e educação ambiental criado pela NASA em 1994. Ele incentiva a participação de estudantes, professores e cientistas na coleta de dados ambientais e no desenvolvimento de pesquisas voltadas para a compreensão e preservação do meio ambiente. O programa conecta comunidades acadêmicas em mais de 120 países, promovendo a ciência cidadã e o aprendizado baseado em observações do mundo real.


No Brasil, o GLOBE é implementado em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e diversas universidades participam ativamente de projetos relacionados ao programa. As atividades envolvem monitoramento climático, qualidade da água, cobertura vegetal e outros indicadores ambientais, contribuindo diretamente para os ODS, especialmente os relacionados à ação climática e à preservação da biodiversidade. Universidades como a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) participam do programa, desenvolvendo projetos de monitoramento ambiental e promovendo o uso da metodologia científica em escolas e comunidades locais. Essas ações fortalecem a implementação dos ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima) e 15 (Vida Terrestre).


Assim, o engajamento estudantil nas ligas acadêmicas e programas internacionais como o GLOBE demonstra o potencial transformador das universidades na construção de um futuro mais sustentável. A integração dos ODS nas atividades acadêmicas não só fortalece a formação dos estudantes, mas gera impactos positivos nas comunidades ao redor das instituições de ensino. A educação e a ciência são ferramentas essenciais para enfrentar os desafios globais. A união de esforços entre universidades e sociedade é o caminho para a construção de um mundo mais justo e sustentável.


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Ficha técnica


Produção de conteúdo:

Itiane Ferreira Pereira

 Revisão Técnica:

Danielle Keylla Alencar Cruz

Marta Azevedo dos Santos


Diagramação:

Ana Clara Neves