Universidade da Maturidade realiza colação de grau do primeiro polo indígena do Brasil

Alunos da UMA indígena, implantada no município de Tocantínia (Foto: Divulgação)

Cerimônia acontece nesta quinta-feira, 21, às 19h, no Centro de Ensino Médio Indígena Xerente – Warã, em Tocantínia

A Universidade da Maturidade (UMA), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), realiza nesta quinta-feira, 21, a colação de grau dos acadêmicos de Tocantínia, que é o primeiro polo do Brasil voltado para a educação de idosos indígenas. A cerimônia acontece às 19h no Centro de Ensino Médio Indígena Xerente – Warã, em Tocantínia.

Com as atividades iniciadas em novembro de 2021, os formandos recebem o grau de “Educador Político Social do Envelhecimento Humano” após dois anos de formação. No município são três polos: um na zona urbana, um no Assentamento Água Fria II e o outro na aldeia, que são fruto da parceria com a prefeitura de Tocantínia, por meio da Secretaria Municipal de Educação.

A coordenadora da UMA, professora Doutora Neila Osório, destaca a importância da turma. “Pela primeira vez daremos o direito de oferecer título para quem já possui experiência. É um momento inédito na nossa vida, porque adentramos nas nossas origens, onde fomos aprender de onde viemos e a respeitar o pertencimento de tudo que nos rodeia. A universidade quebra o paradigma do saber formal e dá o devido valor aos saberes de quem sempre viveu aqui”, comentou.

Para o coordenador do polo, professor Leonardo Sampaio Baleeiro Santana, a estratégia pedagógica principal para engajar e motivar a turma, foi colocá-los como protagonistas. “A UMA vem com esse propósito: educação ao longo da vida. Eles são bibliotecas vivas, memórias, saberes e conhecimentos dos antepassados. Colocarem eles como protagonistas da vida deles e desse ensino e aprendizado, foi a cereja do bolo, pois eles sentiam que a universidade foi feita com eles, para eles e a partir deles. Nossos anciões falam português, mas nada melhor do que ouvir e falar na própria língua materna. Então, todas as nossas ementas que imaginamos e fizemos foram traduzidas para a língua materna e de fácil compreensão”.

O secretário municipal de educação de Tocantínia, André Ribeiro de Goveia, ressalta a alegria e emoção na formação da primeira turma da UMA Indígena do Brasil. “Por ser a primeira, gera um sentimento de muita satisfação e felicidade. É um caminho aberto para oportunizar para esses povos uma qualidade de vida superior, fortalecer a valorização e sistematização dos saberes das chamadas bibliotecas vivas que são os anciãos indígenas”.

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