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O aumento da expectativa de vida e o avança do processo de envelhecimento da população no Brasil e no mundo gera a necessidade de pensar ações de cunho social e político que visem dar respostas às questões emergentes referentes ao envelhecimento populacional. Nas palavras de Oliveira (2013), nos últimos anos, em decorrência do acelerado crescimento desse contingente, os idosos têm assumido um papel relevante na sociedade e nas pesquisas de ciências humanas e sociais, o que demanda novas ações e estudos.
Em virtude desse panorama, verificou-se a necessidade de políticas públicas que atendam as demandas, para garantir os direitos elementares básicos, prescritos na legislação brasileira. Nesse sentido, essa pesquisa é de relevância social, uma vez que o acelerado processo de envelhecimento da população no Brasil e no mundo acontece como um desafio ao Poder Público, exige investimentos com alternativas viáveis para proteção, amparo e inserção do idoso nessa nova realidade social (VICTOR et al, 2019).
Esta pesquisa justifica-se, pela necessidade de conhecimentos específicos sobre inserção do idoso na sociedade contemporânea, pois há muito para ser efetivado quando se discute políticas sociais voltadas envelhecimento humano, afinal o índice de pessoas envelhecidas cresce de uma forma inusitada (VICTOR et al, 2019). Novas pesquisas com o intuito de aprofundar o tema, para identificar e buscar alternativas de políticas sociais para o amparar ao idoso, apontar elementos que possam reduzir as desigualdades sociais e inseri-los socialmente como forma de se fazer cumprir a legislação vigente, e valorizá-lo, não obstante ainda seja um desafio torná-lo parte da sociedade e do mercado de trabalho e também um cidadão ativo em todos os setores da sociedade.
Nesta perspectiva, pode-se evidenciar o papel fundamental exercido pelas Universidades abertas para da terceira idade,por meio de suas práticas pedagógicas, considerar que elas assumem um papel de destaque na educação dos idosos, pois, segundo Oliveira (2013, p. 80):
(…) elas surgem como uma alternativa de inserção do velho em um espaço educacional não formal, que visa à integração social, à aquisição de conhecimentos, à elevação da autoestima, à valorização pessoal, ao conhecimento dos direitos e deveres e ao exercício pleno da cidadania.
As universidades emergem da necessidade de reverter o quadro do envelhecimento populacional como sendo apenas uma “espera da morte chegar”. Muito ao contrário, a criação desses espaços devolve vida aos idosos, valoriza-os, contribui para que compartilhem seus sonhos, suas ideias, para que retomem a prática e projetos de vida, voltar a ter sua posição na família e no convívio social. Tais espaços fundamentam-se na concepção de educação ao longo da vida e auto realização. Estruturam-se com abordagens multidisciplinares, prioriza o processo de valorização humana e social, analisa a problemática do idoso em diversos aspectos: biopsicológico, político, espiritual, religioso, econômico, sociocultural e filosófico (OLIVEIRA, 2013).
Um projeto de referência na Educação de Idosos no Estado do Tocantins é a Universidade da Maturidade (UMA), implantado pela Universidade Federal do Tocantins em Araguaína, com o foco na melhoria da qualidade de vida e autonomia do último ciclo da vida.
Desta forma, pretendemos verificar as práticas sociopedagógicas desenvolvidas pela Universidade da Maturidade em Araguaína (TO). A pesquisa estudará a questão do envelhecimento humano e os direitos do idosos, no contexto operacional do Projeto UMA em Araguaína no período de sete anos de existência.
RESULTADOS ESPERADOS
Com os resultados do estudo esperamos contribuir para o desenvolvimento de conhecimento acadêmico no que tange a questão educativo e social do Envelhecimento Humano no Brasil, na região Norte, em especial no Estado do Tocantins, na cidade de Araguaína, e por outro lado, com a produção da dissertação do Curso de Mestrado e o avanço do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins (PPGE/UFT).
Espera-se que a pesquisa contribua para a transformação da realidade social no qual estão inseridos, bem como, para o envelhecer digno e fortalecimento das Políticas Públicas do Envelhecimento Humano em Araguaína, proporcionar a formação de cidadãos críticos e o protagonismo dos idosos no processo de gerenciamento e garantia dos seus direitos por meio da Educação.
Os resultados da pesquisa serão apresentados a comunidade científica e estudantil e para os acadêmicos/participantes da Universidade da Maturidade (UMA) e sociedade em geral, com o propósito de disseminarmos e ampliarmos os conhecimentos em relação a nova social do Envelhecimento Humano na Educação. Os dados (coletados) da pesquisa serão divulgados para os participantes da pesquisa e para a Universidade Federal do Tocantins e outras instituições de ensino.
Profa. Dra. NEILA BARBOSA OSÓRIO
Possui Pós-Doutorado em Educação pela UEPA/PA. Doutora em Ciência do Movimento Humano pela UFSM/RS. Mestrado em Educação pela UNESP. Graduada em Serviço Social pela Universidade Católica Dom Bosco/MS1981. Pesquisadora produtividade pela FAPT-TO, foi premiada em 1999, como Pioneira em Educação de Velhos no Estado de Mato Grosso do Sul. Professora Associada da Universidade Federal do Tocantins, colegiado de Pedagogia, Mestrado em Educação e no Doutordo em Rede EDUCANORTE.
UFT – Universidade Federal do Tocantins
Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins – FAPT
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